sexta-feira, 22 de maio de 2015

RICHA DIZ QUE PM FOI ATACADA EM PROTESTO NO PR

Durante troca de comando, Richa defende atuação da PM em confronto

Governador participou da substituição do comandante-geral, nesta quinta.
'Os soldados da PM foram agredidos e atacados por grupos radicais', disse.

 Novo comandante assume com a promessa de transformar a PM em uma polícia comunitária (Foto: Orlando Kissner/ANPr) 

 O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), defendeu novamente, nesta quinta-feira (21), a atuação dos policiais militares que estavam na batalha do dia 29 de abril, contra professores e servidores estaduais de outras categorias. Eles protestavam contra a mudança da gestão financeira da previdência estadual. O projeto de lei que faria a alteração estava em votação na Assembleia Legislativa.

 Segundo o governador, os policiais foram vítimas de "grupos radicais". O confronto deixou mais de 200 feridos entre os manifestantes. De acordo com o governo, 20 policiais também ficaram machucados. “Os soldados da PM foram agredidos e atacados por grupos radicais que não estavam no Centro Cívico para protestar pacificamente, mas para invadir a Assembleia Legislativa que, constitucionalmente, é uma área inviolável”, disse.

 A fala de Richa aconteceu durante a cerimônia da troca de comando da Polícia Militar. Após o confronto, o então comandante, coronel César Vinícius Kogut, deixou o cargo, alegando incompatibilidade com a gestão da Secretaria de Segurança Pública, comandada à época pelo deputado Fernando Francischini. Um dia depois do pedido de Kogut para deixar o comando-geral, Francischini também acabou deixando a secretaria.

 No lugar de Kogut, o coronel Maurício Tortato acabou assumindo as funções, com a promessa de trabalhar para que a Polícia Militar atue de forma comunitária. O novo comandante-geral está na corporação desde 1985 e já comandou o 17º Batalhão da PM, em São José dos Pinhais. Atuou ainda na Diretoria de Apoio Logístico, foi chefe do Estado-Maior da PM e responsável pela Corregedoria da Polícia Militar. Antes de ir para o comando, ele era diretor-geral da Secretaria de Segurança Pública.

 A cerimônia teve ainda a participação do secretário interino de Segurança Pública, Wagner Mesquita, e de políticos, como o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (DEM) e do líder do governo na Casa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB).